terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

10 descobertas arqueológicas em locais estranhos


Fonte: http://hypescience.com/10-descobertas-arqueologicas-feitas-em-locais-estranhos/

10 descobertas arqueológicas em locais estranhos

Por em 18.02.2013 as 16:32
Arqueólogos normalmente sabem o que pode ser encontrado e onde pode ser encontrado. Se você está no Egito, por exemplo, deve poder encontrar uma pirâmide ou duas. Mas encontrar os restos do Rei Ricardo em um estacionamento, em Leicester? Não é o tipo de coisa que você ouve com frequência, com certeza. Conheça essa e outras descobertas foram feitas em locais incomuns:

10. Ricardo III em um estacionamento

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O rei que todo mundo adora odiar, Ricardo III, reinou na Inglaterra entre 1483 e 1485, ano de sua morte. Apesar de ter sido um reinado curto, não foi um reinado sem controvérsias.
Usurpar a coroa de seus sobrinhos (e matá-los), bem como ordenar a morte de sua esposa e de seu irmão não fizeram do rei Ricardo III uma criatura simpática na Inglaterra. Em uma peça de Shakespeare, Ricardo foi apresentado como um corcunda feio cujo corpo deformado representava sua mente malévola.
Seu fim foi uma morte violenta na Batalha de Bosworth. Ele sofreu dois golpes fatais na parte de trás de sua cabeça. A lenda dizia que seu corpo havia sido jogado no rio Soar. Os arqueólogos, entretanto, acreditavam que seu corpo havia sido enterrado no Convento Greyfriars, que ficava onde agora é um estacionamento em Leicester (Inglaterra) – exatamente onde seus restos foram encontrados.

9. Escola de gladiadores romanos na Áustria

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Quando alguém pensa na Áustria, geralmente vem à lembrança castelos, schnitzel e Arnold Schwarzennegger. E que tal as ruínas de uma escola romana de gladiadores? Foi exatamente isto que os arqueólogos encontraram em Viena, em 2011.
A escola, localizada no Parque Arqueológico Camuntum e próxima do rio Danúbio, foi construída em torno de 150 dC, durante o reinado do Imperador Marcus Aurelius. Diz-se que rivalizava com a Ludus Magnus, a maior escola de treinamento de gladiadores em Roma.
Ela foi escavada parcialmente em 1923, e em 2011 os arqueólogos usaram sensores de solo de último tipo para ajudar na busca pelos restos de sua estrutura. E o que encontraram causou espanto. O complexo inteiro cobria 19.000 m², com um imenso pátio interno, um complexo de banhos, área de treino, cemitério e celas com apenas cinco metros quadrados.
Parece esquisito que uma escola de gladiadores romana seja encontrada na Áustria, mas faz todo o sentido, já que Camuntum era a capital da província romana da Panonia, que se estendida sobre o território que hoje compreende a Áustria, Hungria, Croácia, Sérvia, Eslovênia, Eslováquia, e Bósnia e Herzegovina.

8. Antigo poço embaixo da sala de estar

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Toda casa tem algum afundamento aqui e ali no assoalho. A casa de Colin Steer, em Plymouth Devon, na Inglaterra, tinha um destes afundamentos na sala de estar, que ele decidiu investigar mais a fundo.
Depois de escavar 5,18 metros em três dias diretos, Steer fez uma descoberta histórica. Um poço medieval de 10 metros, construído no século 16, por Sir Francis Drake, para levar água do rio Dartmoor a Plymouth. O poço foi coberto ao redor do ano 1895.
Steer contou que o afundamento na sua sala sempre lhe deixava com vontade de escavar para ver se não encontraria um pote de ouro no fundo. O que acabou encontrando foi uma espada de um camponês, também do século 16. O poço hoje está à mostra em sua sala de estar.

7. Tumba viking em uma construção de estrada

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Este foi um projeto que atraiu controvérsia desde o início – a expansão da estrada de Weymouth, Dorset para a Ilha de Portland, que passa por uma área de incrível beleza natural. Mas o que a equipe de operários encontrou durante escavações foi mais incrível ainda – uma vala comum com 54 esqueletos e 51 cabeças de homens escandinavos que foram executados entre 910 e 1030. Depois de análises, os arqueólogos determinaram que aquela poderia ser a tumba de Jomsvikings, um grupo impiedoso que aterrorizou a costa da Inglaterra em torno do ano 1000.
Os corpos apresentavam todos os sinais de uma execução em massa. Estavam todos nus com a cabeça em uma pilha e os corpos em outra. Aparentemente, alguns deles tentaram se defender, já que alguns foram encontrados com os dedos cortados. Outro detalhe macabro descoberto foi que a morte de alguns deles não foi rápida e “limpa”, já que apresentavam múltiplos golpes nas vértebras, mandíbula e crânio.
O motivo de terem sido mortos em Dorset não é conhecido, mas os arqueólogos têm duas teorias: uma é a de que eles foram mortos por seus companheiros Vikings como castigo por deserção. A outra é que quando eles deixaram algum barco viking, foram emboscados por um grupo organizado de saxões que os forçaram à rendição e os executaram.

6. Baleia nos trilhos de trem

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Em 1849, em uma pequena cidade chamada Charlotte, no estado de Vermont, EUA, começou a construção de um ramal ferroviário para conectá-la à capital Burlington. Durante o processo de escavação, as equipes de trabalhadores se acostumaram a encontrar pontas de flechas e lanças. A surpresa veio mesmo quando deram de cara com um crânio enorme. A princípio, eles acharam que se tratava dos restos de um cavalo, mas, à medida que escavavam, mais partes do esqueleto apareciam, até ficar claro de que se tratava de um animal maior.
Depois do esqueleto ter sido totalmente desenterrado, concluiu-se que tinha quase 6 metros de comprimento e parecia uma enorme criatura marinha. Só que ninguém conseguia explicar como tal animal tinha parado nesta região remota, a cerca de 400 km do oceano mais próximo.
Depois de examinar o esqueleto, os geólogos chegaram a uma teoria. A criatura, que passou a ser conhecida como Charlotte, era na verdade uma velha baleia branca de 11.000 anos que havia nadado até águas rasas e eventualmente morrido em um canal de um rio. À medida que o corpo se cobriu de lama, foi protegido de animais carniceiros, e deixado para se decompor lentamente, o que permitiu que seus ossos ficassem intactos.
Enquanto isto estava acontecendo, a era do gelo estava terminando, e um fenômeno conhecido como “glacial rebound” (ou “ajuste pós-glacial”), que é quando o terreno sobre o qual havia uma imensa massa de gelo fica livre do peso e acaba se elevando, estava ocorrendo. Foi assim que a baleia Charlotte acabou sendo encontrada sob os trilhos de um trem.

5. Entreposto viking em Newfoundland

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No item número 7, vimos que os Vikings não tiveram uma acolhida muito amistosa na Inglaterra. Mas, de acordo com as descobertas na Ilha Baffin, em Newfoundland, eles pode ter tido alguma parceria comercial com os nativos americanos, em uma rede de comércio transatlântica.
Enquanto escavavam antigas ruínas na Ilha Baffin, os arqueólogos descobriram evidências de um entreposto Viking. Os itens encontrados foram pedras de amolar, fios de tecelagem Viking, artefatos de bronze feitos por ferreiros Vikings, e uma pá de osso de baleia similar às usadas pelos colonos Vikings na Groenlândia. Hoje já se sabe que os navegantes Vikings partiram para o Novo Mundo no ano 1000, e que Leif Ericksson, um chefe Viking, parou na Ilha Baffin por um tempo para explorar a linha costeira.
Os arqueólogos também acreditam que os navegantes Vikings viajaram ao ártico canadense em busca de vários itens de luxo que eram desejados pelos nobres medievais. Acredita-se que, em troca destes bens, os Vikings ofereceram pedaços de ferro e de madeira que foram trabalhados em estátuas e outros bens.

4. Mural maia em parede da cozinha

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Você olha uma parede velha e resolve que ela merece uma renovação. Começa lixando a tinta velha, ou arrancando o papel de parede que já está desbotado. Daí você descobre um mural Maia. Isto aconteceu a Lucas Asicona Ramírez, da Guatemala. Sua casa, localizada na pequena cidade de Chajul, tem cerca de 300 anos. Apesar dos arqueólogos não terem ideia de quem era o proprietário original da mesma, eles têm certeza que se tratava de alguém importante.
De acordo com os arqueólogos, as imagens foram pintadas nas camadas mais antigas das paredes e foram provavelmente criadas depois da conquista da Guatemala pelo espanhóis, no século XVI. O estilo do mural é reminiscente dos encontrados em livros ilustrados do século XVII e XVIII da região. E, apesar das condições dos murais serem consideradas decentes, os arqueólogos notaram que estão se deteriorando, já que pessoas vivem e cozinham naquele espaço. Ramirez, um descendente moderno da civilização maia, espera converter a peça em um pequeno museu, mas ainda não tem dinheiro para fazer isso.

3. Cemitério romano na Bulgária

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Durante o século 2, a Bulgária era conhecida como “Pequena Roma”. Este título foi comprovado quando um cemitério de soldados romanos foi descoberto lá, durante um acidente em uma construção.
Segundo relatos, os trabalhadores estavam colocando concreto na cidade de Debelt e, devido à vibração da betoneira, o solo rachou e foi descoberta uma tumba.
Os arqueólogos afirmam que a tumba pertence a soldados da oitava legião de Augusto. Em seus dias de cidade romana, Debelt era conhecida como Deultum e, de acordo com outros itens que foram encontrados, era um lugar importante no Império Romano. Entre os objetos descobertos, estavam agulhas de joias de ouro, pérolas, raspadores utilizados para banho e massagem, medicamentos e medalhões de ouro.

2. Edifício talvez mais velho que as pirâmides em conjunto habitacional

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Ao fazer escavações em um local para um conjunto habitacional em Monmouth, País de Gales, os trabalhadores encontraram as fundações de madeira de um edifício enorme. Conforme se descobriu mais tarde, ele pode ser até mesmo anterior às pirâmides no Egito. Criados aparentemente de troncos inteiros, as fundações medem mais de 15 metros de comprimento e mais de um metro de largura.
Quando foram feitos alguns testes, cientistas apontaram que a estrutura tinha em média 6.500 anos, ou seja, era do período neolítico, cerca de 2.000 anos mais antigas que as pirâmides do Egito, tornando-as as estruturas mais antigas do mundo. Os arqueólogos acreditam que o prédio foi feito no lugar de um lago há muito perdido, que soterrou a estrutura, preservando-a. Também se acredita que se tratava de uma “casa grande”, que seria lar de uma família e talvez usada para encontros e reuniões.

1. Alfinete de cabelo em um banheiro comunal

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Durante uma restauração do Palácio Fontainebleau, os trabalhadores fizeram a descoberta de suas vidas: acharam um alfinete de cabelo pertencente à rainha francesa do século XVI, Catarina de Médici, em uma latrina comunal. O alfinete de cabelo, que tem cerca de 9 cm, foi identificado facilmente por ter os dois Cs de Catarina, bem como as cores branca e verde.
O que é um mistério mesmo é como ele foi parar em uma latrina comunal. Como Rainha da França, Catarina provavelmente tinha seu próprio banheiro real, de forma que encontrar o alfinete lá foi bastante surpreendente. O que torna esta descoberta mais valiosa, entretanto, é que Catarina, que foi casada com o Rei Henrique II de 1547 até sua morte em 1559, era conhecida por possuir uma enorme coleção de joias, da qual muito pouco foi encontrado até hoje. [Listverse]

Exumação de Dom Pedro I

link da matéria sobre a exumação de D. Pedro I, no Último Segundo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2013-02-19/exumacao-de-dpedro-i-e-suas-mulheres-reconta-a-historia.html

Constituição Federal Brasileira1988 em áudio

Para quem possa interessar, neste link é possível baixar em áudio toda a CF 88.

http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/acessibilidade/constituicaoaudio.html/constituicao-federal

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A inacreditável história da família que ficou 40 anos sem qualquer contato humano

Por em 17.02.2013 as 9:30
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Ainda existem lugares do mundo, além dos pólos, onde não vive ninguém. Grandes áreas da Sibéria, no interminável leste da Rússia, se enquadram neste perfil. Em 1978, uma equipe de geólogos sobrevoava montanhas em um local que o governo soviético sabia nunca ter explorado. A ocupação humana mais próxima estava a 240 quilômetros dali. Sobrevoando um vale, um dos pesquisadores avistou uma clareira, um jardim, e – incrivelmente – uma cabana. Havia uma família morando lá.
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Ninguém sabia como aquilo era possível. A região em questão, que estava sendo explorada, era “próxima” à cidade de Abakan, quase na fronteira com a Mongólia, local onde o helicóptero pretendia pousar. Havia quatro cientistas no veículo, e a informação que os russos deram afirmava que ninguém jamais havia habitado aquela área.
Embora a vontade fosse imediatamente pousar sobre o local e investigar, a tripulação achou que pudesse ser má ideia, temendo pela hostilidade de quem vivesse ali – se é que alguém vivia. Decidiram preparar uma visita para dali a alguns dias, a pé, levando presentes em sinal de intenções amistosas (por precaução, no entanto, levavam uma pistola a tiracolo). Logo os cientistas alcançaram a casa.
Enegrecida pela chuva e pelo tempo, a cabana estava amontoada por todos os lados com galhos e tábuas. A chegada dos viajantes, conforme eles repararam, foi percebida por quem estava lá. A porta rangeu, e segundo uma das pesquisadoras, “a figura de um homem muito velho emergiu à luz do dia”. Descalço, maltrapilho, barbudo e malvestido, o homem hesitou por alguns instantes. Mas permitiu a entrada dos aventureiros. O contato havia começado.

Quem morava lá, afinal?

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Ao entrar na casa, os cientistas viram que o homem não morava sozinho. Havia duas mulheres sentadas em um aposento imundo. Os primeiros minutos de interação foram de estranheza e susto, mas logo a história começou a emergir. O velho chamava-se Karp Lykov, e era um “Velho Crente”. Trata-se de uma seita fundamentalista da Igreja Ortodoxa da Rússia, que foi fundada no século XVII. Como divergiam da religião oficial, foram perseguidos desde muito cedo. A repressão começou no tempo dos czares e continuou no governo soviético.
Em 1936, Karp Lykov perdeu o irmão, assassinado com um tiro, e se viu sem ter mais áreas urbanas para onde fugir. Sem escolha, pegou a esposa e dois filhos pequenos e se embrenhou na floresta. Foram entrando cada vez mais na taiga, explorando áreas completamente desconhecidas pelo homem, morando de cabana em cabana, até chegar ao lugar onde foram encontrados, 42 anos depois.

Uma vida no fim do mundo

Já “exilados”, Lykov e a esposa, Akulina, tiveram mais dois filhos, que cresceram sem ver nenhum ser humano que não fosse membro da família. Tudo o que sabiam sobre o mundo – cidades, pessoas, a sociedade – era apenas as antigas histórias dos pais. Aprenderam a ler com a velha Bíblia que Akulina guardara consigo. De concreto, apenas as paisagens cercadas de neve e o isolamento total.
E como era viver nessas condições? Nada fácil, obviamente. As roupas eram remendadas incontáveis vezes, graças a um tear mecânico que Lykov construiu com madeira da floresta e qeu Akulina tinha que fazer mágica para usar. De metal, a família possuía apenas duas chaleiras, que serviram para cozinhar alimentos por alguns anos, mas quando enferrujaram não houve como as substituir.
À época em que os pesquisadores encontraram os Lykov, a dieta da família eram rústicos pasteis de batata misturados com centeio cru e algumas sementes. No mais, havia algumas frutas e outros vegetais que complementavam as refeições. Por mais inóspita que fosse a região, havia um rio ao lado da casa, que permitia a sobrevivência. Apesar disso, quase morreram de fome várias vezes durante os anos 50, e só tiveram algum conforto quando o filho caçula, Dimitri, ficou grande o bastante para ajudar o pai a caçar.
Vieram os anos 60, e a situação piorou. No inverno de 1961, animais selvagens destruíram as poucas plantações que eles tinham, e a temperatura ficou mais baixa o que nunca. Com as provisões no limite da escassez, Akulina não sobreviveu. Tendo que abrir mão de qualquer alimento para que seus filhos tivessem o que comer, morreu de inanição naquele mesmo ano. Karp Lykov e seus quatro filhos ainda eram vivos em 1978, quando foram encontrados.

Um choque entre dois mundos

Apesar de passar mais de quatro décadas no ostracismo, os Lykov eram menos selvagens do que se pode imaginar. O velho Karp se mostrava interessado e acompanhava as discussões sobre as inovações tecnológicas que os cientistas traziam. O filho, Dimitri, era um construtor de mão cheia, tinha ótimas noções de engenharia – sem jamais ter sido instruído, obviamente – e a família sobreviveu graças à sua inventividade. As duas filhas – Natalia e Savin -, que conversavam entre si em uma distorção ininteligível do idioma russo, apresentavam ideias claras e modernas ao conversar com os cientistas.
No restabelecimento do contato, os cientistas levaram à família deleites da modernidade: pratos, copos, talheres, sal. Karp era um homem de fé. Por convicções religiosas, tentou banir o quanto pôde a modernidade da casa em que viveram. Mas não resistiram, por exemplo, aos encantos da televisão, e ganharam uma de presente. Apesar disso, a família se recusou a se mudar.
Em 1981, apenas três anos depois do reencontro, a tragédia se abateu sobre os Lykov. Em um espaço de poucos dias, Natalia e Savin faleceram por insuficiência renal. Pouco tempo depois, Dimitri encontrou a morte devido a uma pneumonia. Nos túmulos de todos eles, jaz uma cruz com dois braços, símbolo dos Velhos Crentes.
Esta seita, que mudou completamente a vida do velho Karp e o obrigou a escolher o isolamento completo, haveria de determinar seu destino até a hora da morte. Karp Lykov faleceu enquanto dormia no dia 16 e fevereiro de 1988, com idade desconhecida (não há certeza sobre quando nasceu). A única sobrevivente da família agora é Agafia, a filha mais nova, nascida em 1943.
Após a morte dos três filhos, Karp reconstruiu a cabana e continuou morando lá até o fim. E deixou este mundo como viveu nele: longe da civilização, da comunidade, de tudo. Para a história, deixou um impressionante exemplo de resistência. [Smithsonian / Russiapedia]

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Mascar chiclete

Mascar chiclete deixa você 10% mais alerta e impulsiona o pensamento

Por em 4.02.2013 as 15:01
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Segundo um estudo japonês publicado na revista Brain and Cognition, a goma de mascar pode fazer muito bem para o cérebro.
Mascar chiclete pode impulsionar o pensamento e o estado de alerta – o tempo de reação dos mastigadores, de acordo com os pesquisadores, é até 10% mais rápido do que de não mastigadores.

O estudo

Voluntários realizaram tarefas enquanto mastigavam ou não goma de mascar. Seus cérebros foram escaneados para ver quais as áreas estavam ativas nesse período.
Durante os testes de 30 minutos, os participantes pressionaram um botão com o seu polegar da mão direita ou da esquerda, em resposta ao sentido da seta sobre uma tela.
Homens e mulheres que não estavam mastigando chiclete levaram 545 milissegundos (milésimos de segundo) para reagir, em comparação com 493 milissegundos entre os mastigadores. As regiões do cérebro mais ativas durante a mastigação eram as envolvidas com o movimento e a atenção. A pesquisa sugere que até oito áreas do cérebro são afetadas pelo simples ato de mastigar.
Uma teoria para explicar este resultado é que mascar aumenta a excitação e leva a melhorias temporárias no fluxo de sangue para o cérebro.
“Nossos resultados sugerem que a mastigação induziu um aumento do nível de excitação e alerta, além de um efeito sobre o controle motor e, como consequência, estes efeitos podem levar a melhorias no desempenho cognitivo”, concluíram os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas no Japão.

Mais evidências

Um estudo do psicólogo Serge Onyper também já havia sugerido que estudantes que mascam chiclete durante cinco minutos antes de fazer um teste têm notas melhores. Onyper disse que o impulso no desempenho acadêmico era provavelmente devido à “excitação induzida pela mastigação”, que durou, no entanto, apenas cerca de 20 minutos. Mas mascar chiclete durante o teste não era bom, provavelmente porque a mastigação atrapalha o pensamento.
Por fim, vale a pena mencionar que, apesar de mascar chiclete parecer ajudar na concentração e melhorar o desempenho cognitivo, pesquisas apontam que a atitude pode acabar com sua memória de curto prazo.
Estudo da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, descobriu que participantes que mascavam chicletes tinham mais dificuldade para memorizar a ordem de palavras e números de uma determinada lista. No entanto, também descobriram mais dos prováveis benefícios de mascar chiclete: isso pareceu melhorar o raciocínio abstrato dos voluntários do estudo.[DailyMail]

ATIVIDADE

Mesmo contra todas as possibilidades, cá temo nóis, tamo aí na atividade.